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Avatar de Will G.S.G.

Stephanie,

Que bonito esse dedo na garganta, essa expiação, erupção ou não sei que outras metáforas usar pra definir esses textos que simplesmente nos exorcizam. Que bom saber que mais (e imaginam que sejam muitas mais) pessoas também estão saturadas das redes. Um espaço que começou tão legal, de troca, de conhecer pessoas e ideias, se tornou um infinito shopping vertical de vitrines vivas, todas coloridas, sorridentes, vencedoras e, parece, sobretudo, jovens.

A gente não se conhece, eu segui seu substack junto com uma porção de outros pra entender como funciona este espaço, mas saiba (e eu sei que você sabe, e também sei que é importante dizer isso de qualquer forma) que o que você tem sentido faz sentido e reverbera aqui. Estou seguro de que reverbera em muitos outros espaços, também. Concordo com o comentário da Camila, aqui embaixo, de que te ler me lembrou de um tempo em que a gente era assim, na internet, se contava coisas tão íntimas, se fragilizava ao invés de querer parecer invencível.

Meus parabéns por suas conquistas recentes. É ótimo que toda essa avalanche de coisas que a gente consome todos os dias não tenha te insensibilizado pras tuas próprias vitórias e momentos de alegria.

Enfim, obrigado por compartilhar, e desculpe pela intimidade e extensão do meu comentário.

Fiquem bem.

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Avatar de Larissa

Oi Ste! Muito bom ter notícias suas ❤️ Te acompanho desde o blog e sempre amei seus textos por eles terem o poder de me transportar para uma mesa fictícia de café e ter a sensação de que estou conversando com uma amiga.

2023 está sendo um ano MUITO difícil na minha vida também e as pessoas não compreendem muito bem quando digo isso. Minha sensação é que esse foi o ano do “desmonte”. Me desfiz de uma vida feita com “as coisas” no lugar para imigrar para outro país. Inicialmente ia para Portugal e acabei na Itália por motivos que não estavam mapeados. E é complicado dizer que meu ano está difícil quando estou num dos lugares mais lindos do mundo, mas a verdade é que muita coisa foi deixada para trás que eu amava e que tinha mais apego do que imaginava. Morava numa cidade que gostava, numa casa que depois de muito custo e progresso profissional conseguia pagar o aluguel, trabalhando na minha área (coisa rara no Brasil) e sendo reconhecida, com amizades que tinha conquistado em pouco tempo depois de uma longa adaptação (não morava na cidade onde estavam meus pais). Enfim. Foi muito dolorido me desfazer de tudo. Somado a isso ainda perdi minha tia (que era muito muito presente na minha vida, como uma segunda mãe), minha vó e não menos importante, meu cachorro de 12 anos. Foi um soco no estômago ainda difícil de processar. O reflexo disso nas minhas redes sociais é que estou há 3 meses aqui e não tenho um pingo de vontade de ficar postando a vida perfeita no Instagram, embora eu esteja abduzida pelo app. Tenho passado tanto tempo no insta que as vezes brinco com meu marido que meu cérebro derreteu. Tenho me sentido apática e todos os adjetivos que nascem da comparação desenfreada que você citou. E o pior é que nada é importante ali. Nada.

Nesses últimos 2 meses eu ainda tenho que terminar de produzir dois trabalhos científicos (um artigo e uma dissertação) para finalizar meu mestrado e confesso que tem sido um pesadelo no meio disso tudo, mas é isso aí. Como é aquele ditado? A vida continua.

Compartilhei para você se sentir abraçada. As vezes a gente precisa ouvir/ler/saber que outras pessoas estão passando por um caminhão de coisas também para nos fazer sentir mais normais, mais compreendidas. Obrigada por compartilhar a sua história também. Estou doida para ler o livro no Domenico!! Fique bem e aguardo mais notícias suas ❤️

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